quinta-feira, 20 de março de 2008

quarta-feira, 19 de março de 2008

Adele - Chasing Pavements

Irrefutável

Tenho medo de sentir novamente...
Não existe nada... Vazio... Pessoas apenas que me olham sem me poderem tocar... Olhares que me fogem como se não me pertencessem. Refugio-me no escuro onde não surjo, onde fico intacto, imóvel sem necessidade aparente de luz. Lá, apenas eu e a minha incessante visão de imagens passadas que insisto em procurar no meu mais profundo esquecimento. Recuso-me... Por mais que tente encontrar outro caminho, outras imagens, novos relatos, diferentes lembranças...
Fico... Sozinho, sem me tocarem.

terça-feira, 18 de março de 2008

Cat Power - Crying, Waiting, Hoping

Roteiro

Nick Cave
22 de Abril
Coliseu do Porto

Cat power
28 de Maio
Coliseu do Porto

Amy Winehouse
30 de Maio
Rock in Rio

Rage Against the Machine
10 de julho
Oeiras alive

Festival Músicas do Mundo
17 - 26 de Julho
Sines
Beirut...entre muitos mais!!

The National - Lucky You

Vejo-me

Quanto mais longe te sinto, mais próximo finalmente estou de me reencontrar. Começo novamente a ver sorrisos nas faces de quem por mim passa e quem sabe até mesmo o meu sorriso, de que tanto falavas, surgirá...
Ainda me tens contigo e não há nada que possas fazer, mas tenho a sorte de já me sentir lúcido, sem a tua loucura que há muito vivo. Talvez até o brilho do meu olhar reaparecerá quando voltar a ser olhado novamente como há muito não o era...
Quero que venhas comigo para onde eu te levar...
Quero que vejas o olhar de alguém que realmente me ama, e quem sabe aprenderás o que é amar... Assim como eu te amei... E nesse momento, sofrerás o sentimento de perda tal como eu!

quinta-feira, 13 de março de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

She will be in Portugal...

A talentosa Amy winehouse vai estar presente no primeiro dia do Rock in Rio, 30 de Maio.
É caso para dizer "EU VOU"...a não perder!!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Amy Winehouse | Grammys 2008

Morto

Sinto apenas o frio gélido que me envolve...E assim como um suspiro rápido e inconsciente torno-me em alguém de quem não conheço nada. Apenas o vento frio do Norte me repara, este que de leve nos trespassa e nos leva tudo deixando-nos despidos. Este que conhece os lugares mais escuros e sombrios, que encontra e acompanha as diversas almas perdidas, escolheu-me! Seleccionou alguém como se de um jogo se tratasse, cruel mas satisfatório. Pertenço-lhe...
Escravizado deixei-me levar por apenas uma brisa negativa, para se tornar numa tempestade de elevadas dimensões. É o meu pequeno tormento pois libertou-me de muitos mais, de quem o Homem chama vulgarmente de sentimentos.

The National - Mistaken For Strangers

Renascido

Finalmente sinto o quente que agora abafa todos os poros exaustos do meu corpo. Já não mais o frio do Norte me acompanha, abandonou-me como se nada fosse e apenas me deixou as chamas que agora me envolvem. Não respiro... O abafante quente transfere-se de mim para as paredes circundantes que me cobrem. Preso pela estrela de fogo, de olhos ofuscados espero pelo dia em que voltarei a ver o outro lado das paredes imponentes que me impedem a visão.

Sem mim...

A noite era calma, o silêncio estava presente ao contrário do meu pensamento que se encontrava num lugar imaginário e quase inacessível. O sono era o último sentimento que me ocorria. Assim, levanto-me e enfrento o escuro dos intermináveis corredores onde deparo com um reflexo alterado num grande espelho perto da janela. Espero impacientemente que este me mostre a minha verdadeira face, mas não me vejo. Procuro por mim numa frenética loucura que se torna neste torturante reflexo cada vez mais desfigurado. Quase instantaneamente reconheço que aquele que penso não ser eu, pelas suas imperfeições, é a única face que alguma vez conseguirei ver.
Não se ouvia nada apenas o meu batimento cardíaco em êxtase. Os movimentos que o meu corpo fazia, comandado por si só, eram lentos pois tinha a sensação que iria perturbar todo o universo que me rodeava. Fiquei ali a olhar pela janela para aquela noite tão diferente de tantas outras... Era definitivamente diferente! Voltei, amedrontado a percorrer o trajecto negro que me trouxe até aqui. Deito-me imóvel na mesma posição, parecia que nem sequer a tinha deixado, no entanto a cama não parecia minha, esta era diferente. O meu corpo nu, descobria-a percorrendo cada pequeno novo detalhe sem se mexer. As sensações eram diferentes, o meu respirar era diferente, só eu era igual naquele novo pequeno globo. Perdido...Adormeço...
Ansiedade que me consome tanto como o tempo que me leva cada vez mais longe. Onde estou?! Sinto-me fraco e incompleto mas porém livre como nunca antes. Procuro incessantemente ficar com o meu eu desfigurado mas solto de tudo que o torna imperfeito, voltar diferente também eu, tal qual a noite. Ser eu completamente, apenas peço!
De forma inexplicável um impulso toma conta do meu ser que me obriga a alterar aquela já massacrada posição. Abro os olhos e percebo rapidamente que tudo se encontra igual, meu corpo preso a movimentos, meus sentimentos mantêm-se os mesmos, a minha cama, só a noite desaparecera. O sol iluminou os corredores e fez-me voltar ao mesmo mundo de sempre. Renego-o... Quero que tudo continue diferente até me encontrar, mas não consigo. Esta não seria a minha noite. Porém haverão novas e diferentes luas como esta ou não, que alimentam a minha única esperança para viver novamente comigo, com o meu eu verdadeiro.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Amy Winehouse - Back to Black

Cadáver sem alma

Sucumbido, aqui deitado na areia imensa da praia, onde um dia teve a marca dos nossos pés formando um longo caminho que percorríamos todas as manhas, morro por não te ter. Sinto que o mar já não é nosso mar pois seu brilho e imensidão desapareceram. A praia deserta sem pegadas de alguém parece que desmoronou, deixando-me aqui sozinho no vazio. Sofro continuamente a falta do mar, da praia e de ti. Deixo de existir...
Pairar sobre o meu corpo é o meu destino, pois quero ter a certeza que o mar o leva da mesma forma que levou o teu. Talvez dessa forma um dia se juntarão no seu obscuro fundo sem vida, onde permanecíamos eternamente como se do nosso novo mundo se tratasse. Teremos novamente que deixar nossos corpos ao poder do mar, que já não é nosso como no primeiro dia em que te vi de frente a ele, na praia, onde estremeci junto do teu sorriso. Assistir à sua degradação é o que nos resta, pois juntos ou não esta é inevitável quando já nem a carne nos pertence. Tu corrompeste-me, sinto a alma suja...
O meu corpo é arrastado lentamente pela areia, por força do agora traiçoeiro mar. Aproxima-se o meu fim, o tão desejado fim. Estranhamente o sentimento de receio pelo que me espera não se apodera de mim, apenas mantenho fortemente os olhos abertos na esperança de te ver uma última vez, mas tu não vens, nunca. Sem ti não o sou, não me reconheço, não me vejo nem mesmo no reflexo do teu olhar sempre presente na imaginária praia. Assim vivo moribundo desde do dia em que desta mesma forma partiste pelo mar, que um dia foi nosso. Deixo-me levar, por aquilo que ainda tenho, no embalar das ondas do mar que me relembra de ti. Sou apenas um cadáver com a alma roubada...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Patrick Wolf - Augustine

Incontrolável

A dor que me percorre é incapaz de produzir lágrimas que poderiam se libertar dos meus olhos cobertos em sofrimento...mas não!Este persiste dentro de mim julgando-se um orgão viltal da minha existência. Sinto-o cada vez maior e com um potencial impossível de ser detido...de repente desisto de lutar...fraco...agora faço parte dele e de todo o desabamento de sentimentos passados e já não desejados, como se eu fosse o parasita e não ele...